Se um novo ditado popular fosse criado, poderia ser algo como "se não está no Google, não existe". Mas a afirmação gera dúvidas. O que fazer quando você não encontra o que procura no Google?
O gigante de tecnologia criado pelos americanos Larry Page e Sergey Brin no final da década de 1990 indexa mais de 1 bilhão de páginas da web.
Mas, às vezes, quando não conseguimos encontrar exatamente o que queremos usando a ferramenta de busca mais famosa do mundo, temos de recorrer a buscadores especiais, não tão conhecidos mas muito úteis. Veja abaixo alguns deles.
Informação científica
Um dos grandes problemas da web é separar quais são as informações relevantes.
Às vezes o usuário pode estar interessado em encontrar informação especializada ou científica, que tenha veracidade garantida. Ao procurar no Google, ele poderá navegar durante horas por páginas de economistas, curandeiros, biólogos entre outros, tudo misturado.
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Uma forma de encontrar pesquisas sérias sobre matérias acadêmicas é navegar em portais que compilam esse tipo de informação especializada, vinda de pesquisadores de universidades e outras instituições famosas.http://bit.ly/1Q5x6ei
Para quem se interessa por ciências sociais, é possível buscar estudos de economia, direito, humanidades etc, no portal Social Science Research Network, que, todos os anos, é listado entre os melhores do Ranking Web of Repositories.
Se o assunto são as ciências naturais, os estudos de melhor qualidade podem ser encontrados, por exemplo, em scienceresearch.com, que usa uma "tecnologia de busca federada" para oferecer bons resultados em tempo real, afirma o site.
Também é possível encontrar informações especializadas nas pesquisas da América Latina graças ao site Red de Repositorios Latinoamericanos, coordenado pela Universidad de Chile.
Buscador de tuítes
As redes sociais já são um elemento-chave na internet. Os estudos mostram que cada vez mais elas consomem a maior parte do tempo que passamos conectados. Milhões de mensagens são enviadas em todas as direções, todos os dias e um bom exemplo é o Twitter.
Segundo os dados da rede de microblogging, são postados cerca de 500 milhões de tuítes diariamente e tentar encontrar uma mensagem específica no meio de tudo isso pode ser uma dor de cabeça.
Para resolver o problema existe o Topsy, um buscador que permite localizar tuítes postados a partir do ano de 2006. É possível buscar tuítes sobre um tema específico, de um usuário em particular, incluir palavras-chave etc. E a versão básica é gratuita.
Veja 11 alternativas ao Google
Buscador desenvolvido pela Microsoft, Bing possui fundo com imagens, visual diferente do Google
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Yandexx mostra serviços de outros sites dentro do buscador para economizar tempo do internauta
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DuckDuckGo é alternativa para quem quer fazer buscas com mais privacidade
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Blippex usa tempo de navegação nos sites para criar ranking de sites
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Wolfram Alpha se descreve como um "sistema computacional de conhecimento"
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Blekko usa "slashtags" para filtrar conteúdo que mostra para usuário
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Naver é o buscador mais utilizado da Coreia do Sul
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Pipl permite fazer buscas sobre pessoas
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Baidu é o principal buscador na China, mas ainda não tem versão em português
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Yacy usa computadores dos usuários para indexar páginas de web
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StartPage utiliza "motor de busca" do Google para indexar resultados
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Fotos livres de pagamento de direitos autorais
O Google tem milhões de fotos: grandes, pequenas, bonitas, feias, de gosto duvidoso e dos temas mais variados.
O problema é que, se alguém precisa de fotos para um blog pessoal, para uma apresentação na empresa ou para um trabalho universitário, pode não ser fácil encontrar fotos livres de direitos autorais. Usar imagens desse tipo sem a liberação do autor pode infringir leis e custar muito dinheiro.
Para buscar fotos livres de direitos o buscador creativecommons.org é muito útil pois rastreia imagens com licenças gratuitas de organizações independentes. Mas não é apenas isto. O site também oferece busca de músicas, vídeos e textos também livres.
Privacidade
Uma das grandes polêmicas envolvendo o Google é a privacidade. O buscador faz com que deixemos informações pessoais em suas buscas ou nas contas do Gmail.
e a pessoa busca uma marca de sapatos, logo vão aparecer propagandas de sapatos por toda parte. E sobre o que você escreve em seus e-mails...melhor deixar a própria companhia falar.
"As pessoas que utilizam o correio eletrônico hoje em dia não devem se surpreender se seus e-mails são processados pelo provedor de correio eletrônico no decorrer da entrega", admitiu a companhia em um julgamento pela acusação de espionagem de usuários nos Estados Unidos.
Uma alternativa para navegar com confidencialihttp://tecnologia.ig.com.br/noticias/twitterdade é o buscador duckduckgo.com, que garante não registrar a informação do usuário. Criado em 2011 pelo cientista Gabriel Weinberg, a empresa garante que codifica a transmissão de dados e não usa cookies para coletar informações sobre a localização do usuário. E também não revela buscas.
Buscas no passado
Outros problema na hora de fazer buscas na internet é que, às vezes, você busca algo que encontrou uma vez e, quando vai procurar de novo, foi apagado. Para resolver o problema, existe o buscador waybackmachine que, na verdade, é um arquivo de internet que oferece os conteúdos desaparecidos.
A ferramenta existe desde 1996 e, desde então, já arquivou mais de 40 bilhões de páginas. Com o buscador, é possível navegar no passado e ver como era um site, e o que ele dizia, em um momento específico da história.
Para isso, basta colocar o nome da página e escolher os arquivos disponíveis em um calendário que identifica os momentos que se fez uma cópia da mesma para a posteridade.
Cuidado com as fotos!
Geralmente buscamos fotos escrevendo algumas palavras-chave que nos mostram as imagens relacionadas. Mas e quando precisamos saber quando uma foto foi publicada?
Para isso existe o Tin Eye, uma ferramenta que promete esse tipo de busca gratuitamente: coloque uma foto ou o link da foto e o buscador informa onde encontrá-la ou se já apareceu antes (inclusive com modificações) graças a uma tecnologia de reconhecimento digital.
As razões pelas quais alguém recorreria a esse tipo de busca são muitos: um fotógrafo, por exemplo, pode querer verificar se alguém usou suas fotos sem permissão; um leitor mais crítico de notícias pode comprovar que nenhum meio de comunicação mostre em uma notícia atual uma foto de algo que, na verdade, já aconteceu há muito tempo.
Fonte: Tecnologia - Notícias, Análises, Dicas e Especiais - iG
[Visto no Brasil acadêmico]